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Incêndio em asilo no Canadá deixa oito mortos e 30 desaparecidos

As causas do incêndio e do grande número de vítimas continuam sob investigação

Montreal - As equipes de resgate de Québec recuperaram mais corpos, nesta sexta-feira, encontrados sob os escombros cobertos de gelo do asilo em Isle-Verte devastado por um incêndio.

O balanço da tragédia é de oito mortos até o momento, e as autoridades temem que esse número possa passar de 30.

"Temos oito mortos confirmados e ainda temos cerca de 30 desaparecidos (...) esperamos dar o balanço final em breve", informou o porta-voz de Segurança dessa província do leste do Canadá, Guy Lapointe, nesta sexta.

Os socorristas se depararam com "cenas extremas", em meio às difíceis condições de busca, devido ao frio glacial, acrescentou Lapointe, anunciando que os trabalhos foram interrompidos à noite "para permitir que o pessoal descanse".

"É um cenário de desolação", declarou Ursule Thériault, a prefeita de Isle-Verte, uma localidade de 1.400 habitantes, 230 km ao nordeste de Québec.


Pelo menos 20 pessoas conseguiram fugir das chamas, na quinta-feira, das quase 60 que viviam nos 52 alojamentos da instituição.

As autoridades tomaram medidas excepcionais no caso, devido às condições meteorológicas adversas e ao desabamento dos escombros.

Segundo o chefe dos Bombeiros, Yvon Charron, a grande quantidade de água que caiu sobre os restos da residência criou uma camada de gelo de mais de 30 centímetros.

A sensação térmica é de -30;C em Isle-Verte.

As equipes de emergência e os investigadores se revezam nas tarefas para poder se aquecer. No terreno, três equipes técnicas da polícia científica, dos bombeiros e especialistas na identificação de cadáveres operam "de forma rotativa com o frio que castiga", justificou Lapointe.

As mensagens de solidariedade se multiplicaram nesta sexta. A rainha Elizabeth II apresentou suas "sinceras condolências às famílias das pessoas falecidas".

As causas do incêndio e do grande número de vítimas continuam sob investigação.

"As investigações avançam, e não podemos excluir nenhuma causa", completou Lapointe.