A Coreia do Norte levou à ONU, nesta sexta-feira (24/1), seu pedido pelo descongelamento das relações com a Coreia do Sul, pedindo ao país vizinho que "acabe com o círculo vicioso de calúnias e ódio".
O embaixador da Coreia do Norte na ONU, Sin Son-Ho, deu uma incomum entrevista coletiva, na qual abordou as propostas de seu país para evitar um "holocausto nuclear" e condenou as manobras militares da Coreia do Sul com as forças americanas.
O diplomata não respondeu a perguntas sobre o aparente giro diplomático de Pyongyang para melhorar as relações. A Coreia do Sul já manifestou suas dúvidas sobre essa mudança.
"Qualquer guerra na península da Coreia beneficiaria as grandes potências e traria uma destruição inimaginável para os coreanos", disse Sin Son-Ho, fazendo um apelo pelo fim das manobras conjuntas.
Ele acrescentou que as manobras anuais "Key Resolve" e "Foal Eagle", que as tropas americanas e sul-coreanas farão no próximo mês, deveriam ser transferidas para os Estados Unidos.
"Se a coordenação e a cooperação com os Estados Unidos é tão apreciada e valiosa, deveriam fazer os exercícios em uma área isolada, ou nos Estados Unidos, longe de terra, mar e ar da península coreana", declarou.
O embaixador reforçou ainda o apelo de Pyongyang pelo fim da provocação e da difamação entre ambas as Coreias, a partir de 30 de janeiro.
Para melhorar as relações, afirmou, "é imperativo acabar com as difamações, deter os atos de hostilidade militar entre ambos os lados e criar um clima de reconciliação".
O diplomata também mencionou a proposta feita pela Coreia do Norte nesta sexta para a reunificação das famílias que permanecem separadas desde a Guerra da Coreia (1950-53) e que dividiu a península em dois.
Seul deu as boas-vindas a essa iniciativa, mas foi mais cautelosa com as outras propostas feitas pelo vizinho do Norte.