A primeira-ministra da Groenlândia, Aleqa Hammond, declarou nesta terça-feira (21/1) ser "natural" que o território autônomo da Dinamarca queira a independência.
"Nosso caminho rumo à independência é um caminho natural para pessoas que foram colonizadas antes", disse Hammond em uma conferência sobre Fronteiras do Ártico, na Noruega.
"Eu desejo que a Groenlândia tenha uma economia auto-sustentável, baseada nos nossos recursos próprios, com um nível mais elevado de integração na economia mundial", acrescentou.
Hammond descreveu a independência como um objetivo político de "longo prazo", uma vez que os subsídios da Dinamarca respondem por metade da economia da Groenlândia.
Os social-democratas (pró-independência) venceram as eleições legislativas em março de 2013 com a promessa de desenvolver a indústria da mineração.
A Groenlândia deposita suas esperanças nas reservas minerais do território, que incluem urânio, terras raras e petróleo.
No entanto, Hammond garantiu que o desenvolvimento econômico não ocorreria às custas do meio ambiente.
"Nossas atividades de mineração e exploração de petróleo estão acontecendo em alguns dos maiores e mais intocados ambientes do mundo", afirmou.
"Não precisamos ser lembrados por outros da preciosidade da riqueza da nossa natureza, porque ela continua a nos alimentar, a nos vestir e nos sustentar todos os dias", acrescentou.
Hammond disse que seu governo aplicaria os mais elevados padrões sanitários e ambientais a todas as atividades minerais e petrolíferas dentro de sua jurisdição.