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Leis que endurecem sanções contra manifestantes entram em vigor na Ucrânia

Na segunda-feira (20/1), os Estados Unidos e os países europeus voltaram a denunciar a violenta repressão dos protestos

Kiev - O Diário Oficial ucraniano publicou nesta terça-feira (21/1) uma série de leis que reforçam as sanções contra os manifestantes e cuja adoção provocou violentos confrontos em Kiev na semana passada. O jornal do Parlamento, Golos Ukrainy ("A Voz da Ucrânia"), publicou os textos que punirão a partir de agora com penas de até cinco anos de prisão os manifestantes e que podem ser aplicados aos opositores que, há dois meses, protestam em Kiev contra o presidente Viktor Yanukovich.



A procuradoria geral do Estado afirmou que os confrontos dos últimos dois dias entre manifestantes e policiais eram "um crime contra o Estado". O presidente ucraniano, criticado pelos manifestantes por sua decisão de renunciar a um acordo de associação com a União Europeia e por sua aproximação com Moscou, promulgou os novos textos na noite de sexta-feira, apesar das advertências da Europa e dos Estados Unidos, que ameaçam com sanções.

A adoção da nova legislação reforçou o movimento de protesto e no domingo 200 mil pessoas saíram às ruas de Kiev em uma manifestação na qual ocorreram confrontos violentos, com golpes de cassetetes e lançamento de coquetéis molotov.