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Rússia considera um erro excluir Irã da conferência sobre a Síria

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pouco depois de ter convidado o Irã, decidiu excluí-lo da conferência de paz Genebra II

Agência France-Presse
postado em 21/01/2014 08:15
Moscou - A Rússia considera um erro a decisão da ONU de retirar o convite para o Irã participar da conferência de paz sobre a Síria, que começa na quarta-feira (22/1) na Suíça, declarou nesta terça-feira (21/2) o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov. "Está claro que é um erro", afirmou Lavrov. "Sempre dissemos que todos os atores externos tinham que estar representados", acrescentou.

Sergei Lavrov: é uma interpretação desonesta do que havíamos acordado em Genebra em junho de 2012
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pouco depois de ter convidado o Irã, decidiu excluí-lo da conferência de paz Genebra II. Lavrov criticou a explicação dada por Ban para mudar de opinião. "Quando o secretário-geral da ONU diz que era obrigado a cancelar seu convite ao Irã porque (este país) não compartilha os princípios do regulamento do comunicado de Genebra (de junho de 2012), na minha opinião é uma frase bastante distorcida", declarou Lavrov.



"Os que exigiram o cancelamento do convite ao Irã são os mesmos que afirmam que a aplicação do comunicado de Genebra deve levar a uma mudança de regime" na Síria, afirmou o ministro russo. Estados Unidos, Reino Unido e França, partidários de que o presidente sírio Bashar Al-Assad abandone o poder, condicionaram a presença do Irã na conferência ao apoio a uma transição democrática na Síria.

"É uma interpretação desonesta do que havíamos acordado em Genebra em junho de 2012", acrescentou Lavrov, que, no entanto, estimou que a ausência do Irã "não será catastrófica". A Rússia, aliada do regime de Bashar Al-Assad, é um dos artífices junto com os Estados Unidos da conferência de paz Genebra II para tentar encontrar uma solução política à guerra civil na Síria, que deixou mais de 130 mil mortos e milhões de refugiados e deslocados desde março de 2011.

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