Os Estados Unidos reafirmaram nesta sexta-feira (17/1) sua disposição de retomar o diálogo com a Venezuela, uma possibilidade levantada esta semana pelo presidente Nicolás Maduro.
Segundo a porta-voz do departamento de Estado Jen Psaki, Washington "não fechou nenhuma porta e estamos prontos para nos sentar com a Venezuela, mas não tenho anúncios sobre os próximos passos".
Psaki reagiu às declarações de Maduro, que na quarta-feira afirmou que seu governo está "pronto e preparado" para retomar as conversações bilaterais, após a interrupção do diálogo de aproximação em julho de 2013.
"Ouvimos os comentários", disse Psaki, que não soube responder se Washington recebeu alguma nota oficial de Caracas e se haverá uma mudança de rumo nas relações a partir de agora.
"Não posso prever o que ocorrerá, se ocorrerá e como ocorrerá, apenas que estamos abertos a isto".
Sem embaixadores desde 2010, os dois governos haviam iniciado, em junho de 2013, um diálogo para restabelecer sua relação de alto nível, liderado pelo chanceler venezuelano, Elías Jaua, e pelo secretário de Estado, John Kerry, mas a iniciativa fracassou um mês depois.
Em dezembro passado, Kerry reafirmou que os Estados Unidos estão abertos à retomada do diálogo.
Em várias ocasiões, Maduro acusou Washington de promover com a direita venezuelana uma "guerra econômica" contra a Venezuela, onde a inflação atingiu 56% em 2013, em meio à persistente falta de produtos básicos.
Em setembro passado, Maduro expulsou a encarregada de negócios dos EUA em Caracas, e Washington respondeu com medida idêntica.
Apesar da tensão diplomática, os Estados Unidos são o maior comprador de petróleo da Venezuela.