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Processado por suborno, chefe da Fórmula 1 se afasta dos holofotes

Ecclestone é suspeito de ter pago 35 milhões de euros em subornos a um banqueiro alemão durante a venda dos direitos da F1 ao fundo de investimentos CVC Partners



"Ecclestone novamente garantiu ao conselho que é inocente e tem a intenção de se defender vigorosamente. Depois de ter debatido com o conselho, Ecclestone propôs, e o conselho aceitou, que ele renuncie ao seu posto de administrador de forma imediata, e, portanto, com todas as responsabilidades que estão ligadas a ele, até que haja uma solução para este caso".

Ecclestone, que ainda é acionista minoritário da Fórmula 1, vai continuar a administrar a Formula One Management (FOM), braço puramente operacional do CVC Partners e da Delta Topco na F1, dentro do Formula One Group (FOG).

Na prática, ele pode continuar a negociar os futuros contratos, mas sem assiná-los, com equipes, promotores, proprietários de circuitos e patrocinadores da F1, como acontece na maior discrição desde os anos 80.

Além da acusação de suborno, o dirigente também está sendo investigado em outros casos. Um deles foi aberto em outubro pela justiça suíça.

Ele também está sendo acusado pela Alta Corte de justiça de Londres de ter estabelecido um "pacto de corrupção" para se manter no controle da F1. De acordo com a imprensa alemã, uma decisão à respeito deste caso está sendo esperada nos próximos dias.

Ex-piloto de moto e vendedor de carros usados, Ecclestone iniciou sua trajetória nos bastidores da F1 em 1971, quando comprou a escuderia Brabham, que conquistou dois títulos mundiais com o brasileiro Nelson Piquet, em 1981 e 1983.

Sua fortuna pessoal foi avaliada recentemente em cerca de 4 bilhões de euros.

Figura controversa, ele teve que pedir desculpas após ter proferido insultos sexistas contra mulheres pilotos em 2005 e gerou mais polêmica ainda em 2009, quando considerou o ex-líder nazista Adolf Hitler "eficiente".