Pequim estava coberta por um perigoso ;smog; (neblina tóxica) nesta quinta-feira (16/1), limitando a visibilidade a alguns metros, em um momento em que a contaminação por partículas se encontrava mais de 25 vezes acima dos níveis recomendados.
A densidade das partículas com 2,5 micrômetros de diâmetro, as mais perigosas, atingiu 671 microgramas por metro cúbico, segundo a embaixada dos Estados Unidos, uma quantidade que representa 27 vezes mais que o máximo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O índice oficial da qualidade do ar chegou ao máximo da escala (500). Os carros tinham que circular com as luzes ligadas em pleno dia e muitos pedestres usavam máscaras para proteger o rosto.
A contaminação está se tornando um foco crescente de descontentamento na China. As autoridades se comprometeram a reduzir em 25% a emissão de contaminantes na atmosfera até 2017 em Pequim e em outras grandes cidades e melhorar a qualidade do ar que os cidadãos respiram.
O governo assegurou que os níveis de contaminação serão reduzidos se o consumo de carvão, uma das principais fontes de energia do gigante asiático, também diminuir. A China é o maior consumidor de carvão do mundo.
As grandes metrópoles chinesas foram afetadas por uma forte contaminação nos últimos anos, devido em grande parte às emissões emitidas pela combustão de carvão nas usinas energéticas.
A contaminação, que tende a piorar no inverno, também se deve à rápida urbanização, ao forte desenvolvimento econômico e a fatores climáticos.
A má qualidade do ar afeta a imagem de cidades chinesas, entre elas Pequim, a capital, que registrou uma queda de 15% no número de turistas na primeira metade do ano passado.