"Vamos manter o dólar a 6,30 (...) durante todo este ano e por muito mais tempo, e também vamos fortalecer o Sistema Complementar de Administração de Divisas (Sicad)", disse Maduro na Assembleia Nacional, durante a apresentação do relatório de sua gestão.
"A Venezuela tem os recursos em divisas suficientes para manter (o bolívar) a 6,30, mas vamos aplicar sistemas complementares, que foram criados com o objetivo de derrotar o chamado dólar paralelo, que faz parte dos mecanismos perversos para perturbar nossa economia".
Desde 2003, a Venezuela aplica um duro controle cambial, com o dólar cotado a 6,30 bolívares e autorizado pela Comissão de Administração de Divisas (Cadivi) - que nesta quarta-feira foi extinta por Maduro - ou vendido a 11,30 bolívares em leilões do Sistema Complementar de Administração de Divisas.
[SAIBAMAIS]
Segundo Maduro, o Cadivi será absorvido pelo recém criado Centro Nacional de Comércio Exterior, que "reestruturará todos os mecanismos de acesso a divisas" e fortalecerá o sistema complementar Sicad, com o qual o governo continuará fornecendo dólares a distintos setores econômicos. "São dois sistemas que se combinam perfeitamente".
Paralelamente, Maduro anunciou que nas próximas horas sancionará a lei que estabelece o máximo de 30% de lucro para o comércio, e punições mais severas contra comerciantes que pratiquem preços excessivos.
A Venezuela, país com as maiores reservas petroleiras do planeta, atravessa uma severa crise econômica, com uma inflação que em 2013 atingiu 56,2%, um déficit fiscal de entre 15 e 18% do PIB e escassez de produtos básicos, entre outros problemas.
Leia mais notícias em Mundo
Maduro acusa setores ligados à oposição venezuelana e conservadores dos Estados Unidos e Colômbia de promover uma "guerra econômica" contra seu governo.