O presidente democrata pode "propor a criação de um representante público para examinar os problemas da proteção da vida privada nos tribunais secretos que regulam o sistema de espionagem".
Os analistas acreditam que a reforma será ainda mais restrita para os programas de vigilância no exterior, já que o grupo de especialistas evitou pedir o final do sistema Prism.
O Prism foi autorizado pelo artigo 702 de uma lei votada em 2008 pelo Congresso e é defendido como um dos instrumentos mais eficazes da NSA. Ele permite acessar e-mails, fotos e demais comunicações eletrônicas trocadas nos sites mais visitados do mundo, como Gmail, Hotmail e Skype.
"No que se refere ao programa 702, conservaremos, a grosso modo, a mesma estrutura que hoje", disse na terça-feira o professor Peter Swire, um ex-funcionário do governo e especialista no tema.
"Querem ter o direito a ser mais transparentes sobre os dados que proporcionam e as condições em que fazem isso", explica Mark Rumold, da Electronic Frontier Foundation, mas, "em termos de reforma da legislação, não acho que o presidente Obama proponha grande coisa".
Depois do pronunciamento de Obama, espera-se que a reforma seja submetida à votação no Congresso. O consenso político que permitiu a aprovação da "Patriot Act" em 2001 já não existe, e os principais críticos dos métodos da NSA se encontram no partido do presidente.