Cairo - O general Abdel Fattah al-Sissi, chefe do exército e homem forte do Egito que destituiu o presidente islamita Mohemd Mursi, declarou neste sábado que se candidatará às próximas eleições presidenciais caso haja clamor popular. De acordo com a imprensa oficial, o general, que também é ministro da Defesa, afirmou que se candidatará se o exército apoiar sua candidatura. Em um discurso, al-Sissi pediu para que os egípcios participem, nas próximas terça e quarta-feira, do referendo sobre uma nova Constituição - que dará ainda mais poder aos militares.
Desde que o exército destituiu e prendeu no dia 3 de julho de 2013 o islamita Mursi, primeiro presidente eleito democraticamente no país, o governo interino nomeado e dirigido pelos militares reprime com mão-de-ferro as manifestações de simpatizantes de Mursi, mas promete novas eleições presidenciais e legislativas para este ano. "Se devo anunciar minha candidatura, é preciso que haja uma demanda popular e a aprovação do meu exército", declarou o general al-Sissi durante uma reunião com líderes do governo, citado pelo jornal oficial Al-Ahram.
A possível candidatura à presidência de al-Sissi - que detém uma grande popularidade desde a destituição de Mursi - é um dos principais assuntos no Egito, onde muitas ruas, lojas e repartições públicas já estampam seu retrato.
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A maior parte da população apoia o novo poder governado interinamente pelo exército e por al-Sissi, que reprime de forma implacável e sangrenta os islamitas, em particular a Irmandade Muçulmana.
A influente organização política, da qual Mursi faz parte, venceu todas as eleições desde que uma revolta popular no início de 2011 tirou do poder o presidente Hosni Mubarak, que governava absoluto por 30 anos. As palavras de al-Sissi sobre sua candidatura, logo depois de convidar os egípcios a participar em massa do referendo da próxima semana, confirmam o que inúmeros especialistas e líderes do governo já diziam: o homem forte do Egito apresentará sua candidatura após o referendo caso a participação seja suficientemente alta.
As afirmações de al-Sissi reportadas pelo jornal Al-Ahram foram confirmadas à AFP por um funcionário de alto escalão que estava presente no momento do discurso, e que pediu anonimato.
Outro funcionário, considerado próximo do ministro da Defesa, garantiu à AFP que o general ainda "não tomou sua decisão" de ser candidato, mas que ele não "poderia se dar ao luxo de rejeitar" caso uma margem importante da população peça sua candidatura. Questionado sobre o apoio que al-Sissi pode receber, esta fonte próxima ao general confirmou à AFP que a taxa de participação no referendo das próximas terça e quarta-feira será um "indicador". "Ele não vai deixar o povo de lado", afirmou.
Abdel Fattah al-Sissi, de 59 anos, foi nomeado chefe de todo o poderoso exército egípcio em 2012, ainda durante o regime de Mursi.
O general foi o responsável por anunciar, no dia 3 de julho de 2013, a destituição do chefe de Estado islamita, e sua nomeação como presidente do governo de transição, exigindo em seu discurso que fossem organizadas eleições "livres" na primeira metade de 2014.
Desde que o exército destituiu e prendeu no dia 3 de julho de 2013 o islamita Mursi, primeiro presidente eleito democraticamente no país, o governo interino nomeado e dirigido pelos militares reprime com mão-de-ferro as manifestações de simpatizantes de Mursi, mas promete novas eleições presidenciais e legislativas para este ano. "Se devo anunciar minha candidatura, é preciso que haja uma demanda popular e a aprovação do meu exército", declarou o general al-Sissi durante uma reunião com líderes do governo, citado pelo jornal oficial Al-Ahram.
A possível candidatura à presidência de al-Sissi - que detém uma grande popularidade desde a destituição de Mursi - é um dos principais assuntos no Egito, onde muitas ruas, lojas e repartições públicas já estampam seu retrato.
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A maior parte da população apoia o novo poder governado interinamente pelo exército e por al-Sissi, que reprime de forma implacável e sangrenta os islamitas, em particular a Irmandade Muçulmana.
A influente organização política, da qual Mursi faz parte, venceu todas as eleições desde que uma revolta popular no início de 2011 tirou do poder o presidente Hosni Mubarak, que governava absoluto por 30 anos. As palavras de al-Sissi sobre sua candidatura, logo depois de convidar os egípcios a participar em massa do referendo da próxima semana, confirmam o que inúmeros especialistas e líderes do governo já diziam: o homem forte do Egito apresentará sua candidatura após o referendo caso a participação seja suficientemente alta.
As afirmações de al-Sissi reportadas pelo jornal Al-Ahram foram confirmadas à AFP por um funcionário de alto escalão que estava presente no momento do discurso, e que pediu anonimato.
Outro funcionário, considerado próximo do ministro da Defesa, garantiu à AFP que o general ainda "não tomou sua decisão" de ser candidato, mas que ele não "poderia se dar ao luxo de rejeitar" caso uma margem importante da população peça sua candidatura. Questionado sobre o apoio que al-Sissi pode receber, esta fonte próxima ao general confirmou à AFP que a taxa de participação no referendo das próximas terça e quarta-feira será um "indicador". "Ele não vai deixar o povo de lado", afirmou.
Abdel Fattah al-Sissi, de 59 anos, foi nomeado chefe de todo o poderoso exército egípcio em 2012, ainda durante o regime de Mursi.
O general foi o responsável por anunciar, no dia 3 de julho de 2013, a destituição do chefe de Estado islamita, e sua nomeação como presidente do governo de transição, exigindo em seu discurso que fossem organizadas eleições "livres" na primeira metade de 2014.