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Violência interreligiosa deixa três mortos na República Centro-Africana

O presidente Michel Djotodia, acusado de falta de firmeza ante a violência interreligiosa em seu país, renunciou na sexta-feira em Yamena sob pressão dos líderes da África central

Bangui - Um civil e outras duas pessoas perderam a vida ao serem baleadas na noite de sexta-feira (10/01) em Bangui, capital da República Centro-Africana, palco de muitos saques, informou a Cruz Vermelha local. Um anti-balaka (miliciano oposto ao ex-presidente), um ex-seleka (combatente do movimento do presidente Mochel Djotodia, que renunciou na sexta-feira) e um civil morreram baleados, declarou à AFP o presidente da Cruz Vermelha centro-africana, Antoine Mbaobogo.

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Segundo ele, também ocorreram muitos saques à noite. "Aqueles que foram vítimas de saques na chegada dos Seleka (em março) agora saqueiam", explicou. Na manhã deste sábado prosseguiam os saques de lojas na capital centro-africana, patrulhada por blindados franceses da operação Sangaris e por tropas da força africana (MISCA), constatou a AFP.

O presidente Michel Djotodia, acusado de falta de firmeza ante a violência interreligiosa em seu país, renunciou na sexta-feira em Yamena sob pressão dos líderes da África central que o convocaram para uma cúpula extraordinária. Desde a deposição, em março de 2013, do presidente François Bozizé por uma coalizão rebelde de maioria muçumana, os Seleka, dirigidos por Djotodia, a República Centro-Africana viveu uma espiral de violência interétnica e interreligiosa.