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Confrontos no Sudão do Sul deixam mais de mil mortos em pouco mais de 1 mês

A violência no Sudão do Sul explodiu no dia 15 de dezembro, após um choque entre unidades do Exército leais ao presidente Salva Kiir e tropas ligadas ao ex-vice-presidente Riek Machar

Os mortos nos confrontos no Sudão do Sul, deflagrados em meados de dezembro, "superam amplamente" o número de mil óbitos divulgado pelas Nações Unidas, informou nesta quinta-feira (9/1) um alto responsável da ONU.

A violência no Sudão do Sul explodiu no dia 15 de dezembro, após um choque entre unidades do Exército leais ao presidente Salva Kiir e tropas ligadas ao ex-vice-presidente Riek Machar.

O incidente deflagrou uma guerra aberta entre as tropas governamentais e uma ampla aliança de milícias e unidades militares que desertaram.

"Sabemos que supera amplamente os mil mortos; estamos certos disto", declarou à imprensa o chefe das operações de manutenção de paz, Hervé Ladsous, sem precisar um número exato.



O diplomata acrescentou que cerca de 250 mil pessoas foram expulsas de suas casas pelos combates, e 60 mil estão refugiadas na base da ONU, sob a proteção dos capacetes azuis.

Segundo Ladsous, mais capacetes azuis serão mobilizados nos "próximos dias" para reforçar a missão da ONU no país (Minuss). Os 5.500 soldados suplementares autorizados pelo Conselho de Segurança devem chegar ao Sudão do Sul "em quatro a oito semanas".