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Com baixo orçamento, presidente paraguaio usa assessores que não cobram

Opositores questionaram a participação gratuita de assessores, entre os quais identificaram gerências de empresas do presidente transferidas para seus familiares antes que Cartes se candidatasse à Presidência

O presidente paraguaio, Horácio Cartes, declarou nesta quinta-feira (9/1) que recorre a colaboradores que não cobram por falta de orçamento, ao responder a críticas da oposição à iniciativa adotada pelo chefe de Estado.

Opositores questionaram a participação gratuita de assessores, entre os quais identificaram gerências de empresas do presidente transferidas para seus familiares antes que Cartes se candidatasse à Presidência.

Cartes é um rico empresário do tabaco, com ações em empresas agro-pecuárias, bancos e fábricas de bebidas.

"Não tenho dinheiro para contratá-los, são pessoas de boa vontade que querem me ajudar porque desejam um Paraguai melhor", justificou o presidente, ao defender as funções de seus assessores voluntários, entre os quais há pessoas de sua confiança, segundo informou.



A senadora Desirée Masi, do Partido Democrata Progressista (PDP), de esquerda, foi uma dos que fizeram críticas e afirmou que Cartes deve fazer um relatório detalhado sobre eles ao Congresso.

O chefe de Estado respondeu que não terá problemas em oferecer todos os relatórios que os parlamentares pedem.