O presidente do Chile, Sebastián Piñera, decretou nessa quarta-feira (8/1) alerta sanitário em Santiago e outras três regiões do centro do país para enfrentar os problemas ambientais provocados pelos incêndios florestais que afetam o país.
"Este alerta sanitário é preventivo, dá mais ferramentas e mais recursos ao Ministério da Saúde para que possa cumprir este papel preventivo", anunciou Piñera durante uma coletiva de imprensa.
O alerta foi decretado depois que várias comunidades de Santiago foram afetadas durante o dia por uma densa nuvem de fumaça provocada por três incêndios na região central do país.
"É algo que pode afetar a saúde das pessoas, principalmente crianças, lactantes, mulheres grávidas, adultos idosos e pessoas com doenças de caráter respiratório ou cardiovascular", acrescentou o presidente.
Os incêndios afetam as comunidades de Maipu e Puente Alto, no sul de Santiago, e Melipilla, no oeste, provocando a densa fumaça que cobriu os prédios mais altos da capital e os morros próximos.
A Intendência de Santiago, uma das cidades mais poluídas da América Latina, costuma decretar alerta ambiental quando são registrados altos níveis de poluição no inverno, restringindo, assim, a circulação de carros e a atividade industrial.
"Não é possível decretar alerta ambiental nesta época, já que por lei esta medida só se aplica nos meses de inverno", informou a Intendência em um comunicado.
A intendência recomendou à população de Santiago que se abstenha da prática de atividades físicas.
Desde o início do verão no hemisfério sul, o Chile tem sido afetado por um aumento de 66% dos incêndios em comparação com o ano passado, com a queima de 40.000 hectares em nível nacional, sem o registro de vítimas, informou o governo.
O presidente chileno afirmou que o país vive uma "grave e extensa emergência na questão dos incêndios florestais", provocados por causas naturais e humanas, além das altas temperaturas que afetam o centro do país há uma semana.