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Egito: 87 pró-Mursi condenados a 3 anos de prisão por manifestações

Um tribunal correcional do Cairo condenou 63 partidários de Mursi a três anos de prisão e a uma multa de 50.000 libras egípcias cada (5.250 euros) por participação em novembro em uma manifestação proibida

Dois tribunais egípcios condenaram nesta quinta-feira (9/1) 87 partidários do presidente islamita Mohamed Mursi, destituído pelo exército, a três anos de prisão por participação em uma manifestação e em episódios de violência à margem de um outro protesto, segundo fontes judiciais.

Um tribunal correcional do Cairo condenou 63 partidários de Mursi a três anos de prisão e a uma multa de 50.000 libras egípcias cada (5.250 euros) por participação em novembro em uma manifestação proibida de acordo com uma recente lei que proíbe qualquer mobilização sem o aval prévio do ministério do Interior.

O tribunal fixou em 5.000 libras egípcias cada (525 euros) a fiança para que aguardem o julgamento em liberdade.

Um segundo tribunal do Cairo condenou 24 outros islamitas a três anos de prisão fechada por pertencer a uma "gangue terrorista" e violências contra policiais durante uma outra manifestação em novembro, acrescentaram as autoridades judiciais.



Desde que os militares destituíram e prenderam em 3 de julho Mursi, seus partidários manifestam quase que diariamente para exigir o retorno ao poder do primeiro presidente democraticamente eleito do país.

Em sua maioria, os protestos degeneraram em confrontos, enquanto as novas autoridades reprimem violentamente os pró-Mursi. Esta repressão fez mais de 1.000 mortos e milhares de detidos entre os islamitas.

As novas autoridades, dirigidas de fato pelo exército, declararam a Irmandade Muçulmana de "organização terrorista", após um atentado no final de dezembro contra a polícia que fez 15 mortos e que foi reivindicado por jihadistas sem ligações com a confraria.

Ao declarar os membros da confraria como "terroristas;, o governo prendeu centenas de milhares com base numa severa lei anti-terrorista que prevê pena de morte para os líderes e cinco anos de prisão para aqueles que participarem de manifestações.