Caracas - Diosdado Cabello, número dois do chavismo, foi confirmado este domingo pelo governo como líder da Assembleia Nacional da Venezuela em meio a protestos da oposição, que acusou a liderança do Legislativo de ser submisso ao presidente Nicolás Maduro.
Cabello foi confirmado unanimemente com os votos dos deputados do Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV) e seus aliados na sessão inaugural de 2014 da Assembleia Nacional, em que a oposição votou contra e não apresentou proposta para o cargo.
A ratificação de Cabello foi criticada pela bancada opositora, sobretudo, por María Corina Machado, da Mesa de Unidade Demorática (MUD).
"Vimos uma Assembleia Nacional absolutamente submissa ao poder Executivo, entregando uma lei habilitante para a qual não tinham os votos por meio da corrupção do sistema judiciário", disse Machado antes de seu discurso ser abafado por governistas que gritavam "Chávez vive, a luta continua".
Cabello respondeu a Machado alimentando o debate, desencadeado na sexta-feira, após a divulgação pelo governo de uma lista com os nomes e identidade de políticos e simpatizantes opositores que teriam viajado ao exterior no final do ano.
"A oposição como sempre não fez nenhuma proposta ao país (...) parece que nesse setor da oposição ou não há ninguém que possa ser presidente da Assembleia, não há ou estão viajando.", disse Cabello.