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Câmera no capacete ajudará a compreender acidente de Schumacher

O filho e um de seus amigos, que esquiavam junto ao piloto no momento do acidente, foram interrogados pelos investigadores


Nenhuma nova informação sobre o estado de saúde de Schumacher foi divulgada nesta sexta-feira. Até o momento, a situação é "estável", mas sempre "crítica".

Nesta sexta-feira, dezenas de fãs da escuderia italiana Ferrari foram ao Centro Hospitalar Universitário, em Grenoble, mostrar apoio ao ídolo.

"Schumi fez muito por nós. A única coisa que nós poderíamos fazer neste momento era vir aqui e dar apoio a ele a sua família no dia de seu aniversário", disse á AFP Stefano Pini, 47 anos.

Menos fãs do que jornalistas

A Ferrari anunciou na quinta-feira que colocaria à disposição dos fãs italianos "cerca de 20 ônibus" para transportá-los até Grenoble. Dois chegaram à cidade francesa nesta sexta-feira, trazendo cerca de 100 pessoas, um número inferior ao de jornalistas que cobrem o caso.

"Ele é um dos meus maiores ídolos, sempre acompanhei seus passos. Espero que ele saia dessa", disse Gabriel Klos, 36 anos, que foi à França acompanhado do filho Logan, 12 anos.

A manifestação de apoio ficou caótica em alguns momentos do dia, especialmente quando fãs e jornalistas se espremiam numa das entradas do hospital, impedindo a passagem de médicos e pacientes.

Entre os 130 fã-clubes da Ferrari espalhados pela Europa, a manifestação de apoio não foi unanimidade.

O presidente do clube Ferrari Roma-Colosseo, Roberto Luongo, se recusou a comparecer ao local "em consideração a um homem que está sofrendo". "É delicado, e se eu fosse da família de Schumacher, estaria decepcionado com tal iniciativa".

O ex-piloto de F1 Philippe Streiff, tetraplégico após um acidente durante um treino no Rio de Janeiro, também foi ao hospital falar com a esposa de Michael Schumacher.

"Espero que ele consiga se comunicar, que ele não fique com sequelas como eu fiquei", disse Streiff aos repórteres.