O novo chefe de polícia de Nova York, Bill Bratton, de 66 anos, prometeu amenizar a polêmica política de controle que afeta, principalmente, negros e latinos, ao assumir a função nesta quinta-feira (2/1).
Bratton, que é respeitado internacionalmente por suas conquistas, foi escolhido pelo prefeito Bill de Blasio para substituir Ray Kelly, que ocupava o cargo desde 2002, sob o mandato do prefeito Michael Bloomberg.
O novo chefe é a única pessoa que já dirigiu as polícias de Nova York e Los Angeles, tendo sido figura-chave na aplicação da "tolerância zero" policial na "Grande Maçã", então assolada pelo crime, durante os anos 90.
Seu retorno à direção do maior corpo policial do país acontece quando o crime na cidade se situa em níveis historicamente baixos, com 333 homicídios em 2013, um recorde de 50 anos.
Por isso, uma de suas missões é restaurar a ligação entre a polícia e grande parte da comunidade, que olha com desconfiança para os policiais, acusando-os de discriminação em relação às minorias afro-americanas e latinas.
"Tenho certeza de que podemos obter os mesmos resultados com uma abordagem diferente", disse Bratton, referindo-se ao método policial conhecido como "stop and frisk", que se pauta pelo extremo controle e a tolerância zero nas ruas, política muito questionada pela opinião pública.
De Blasio, que foi eleito em novembro o primeiro prefeito democrata de Nova York em duas décadas, também é um crítico ferrenho deste método de controles das ruas.