O porta-voz do ex-presidente confirmou que Musharraf estava no instituto de cardiologia, consciente, e passava por exames. Segundo uma fonte médica que pediu anonimato, Musharraf não sofreu uma crise cardíaca, mas está em observação depois do mal-estar. Ele está acompanhado pela esposa e a filha estava a caminho.
O tribunal especial adiou a sessão. Parentes do ex-general, que está em uma lista de pessoas que não podem abandonar o país, afirmaram que ele deveria ser levado ao exterior. O primeiro-ministro Nawaz Sharif, derrubado em 1999 por Musharraf e que retornou ao poder depois da vitória eleitoral em maio, criou o tribunal especial em novembro para julgar o rival por "alta traição", crime que pode ser punido com a pena de morte no Paquistão.
Musharraf, ex-aliado dos Estados Unidos na "guerra contra o terrorismo", pela qual segue ameaçado pelos grupos islamitas armados, deveria ter comparecido em 24 de dezembro e 1 de janeiro ao tribunal, mas permaneceu em casa alegando ameaças. Os advogados do ex-presidente afirmaram que também foram ameaçados e que sofreram uma intimidação do governo.