"O navio avaliará suas possibilidades de romper o gelo para chegar ao ;Akademik Shokalskiy;", indicou à AFP a autoridade australiana de segurança marítima (ASMA).
Se não conseguir abrir passagem, "tentaremos utilizar o helicóptero a bordo do quebra-gelo chinês", acrescentou a autoridade.
Dos três quebra-gelos enviados à região, o australiano é o mais potente. Pode romper o gelo de uma espessura de 1,60 metro, mas o "Akademik Shokalskiy" está preso por gelo de 3 metros de espessura.
Um dos responsáveis pela expedição russa, Greg Mortimer, indicou que os passageiros serão retirados com o helicóptero do "Snow Dragon" se o barco australiano não conseguir alcançá-los "nos próximos dias".
Os ventos do sudeste comprimiram o gelo, que agora é muito mais firme, e se houvesse ventos do oeste a pressão diminuiria.
Apesar do fracasso da operação de resgate, a atmosfera é positiva a bordo, onde os passageiros estão sãos e salvos. Outra das responsáveis pela expedição, Chris Turney, e o correspondente do The Guardian Alo Jha, criaram na internet um diário de bordo em tom jovial.
A bordo do barco russo viajam cientistas e turistas que reproduzem a expedição histórica à Antártica realizada há um século (1911-1914) pelo explorador australiano Douglas Mawson. Também realizam alguns experimentos daquela expedição.
A embarcação circulava em uma zona onde os barcos podem passar normalmente nesta época do ano, mas uma mudança brusca das condições climáticas conduziu a embarcação a uma zona de gelo espesso.
A expedição começou há três semanas e deveria chegar à Nova Zelândia no início de janeiro.