Beirute - O ex-ministro libanês Mohamad Chatah, contrário ao regime sírio e ao Hezbollah e morto em um ataque na última sexta-feira (27/12), foi enterrado neste domingo (29/12) em Beirute, em um funeral que contou com um forte esquema de segurança e foi marcado por fortes críticas ao partido xiita. "O Hezbollah é inimigo de Deus", "O Hezbollah é terrorista", gritavam centenas de pessoas durante o funeral de Chatah, um membro influente da coalizão "14 de março", contrária ao regime sírio e que acusa o Hezbollah de ser o responsável pelo assassinato.
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Mohamad Chatah morreu na sexta-feira após um atentado com um carro-bomba no centro de Beirute, que deixou cinco mortos e mais de 50 feridos. Ele era considerado moderado e sua morte aumentou a divisão no Líbano entre partidários e opositores do regime sírio, além de intensificar as tensões entre xiitas e sunitas.
O assassinato do ex-ministro, a nona personalidade libanesa contrária a Damasco a ser assassinado desde 2005, trouxe à tona novos temores de uma retomada dos ataques contra alvos libaneses específicos. Durante o funeral, a coalizão "14 de março" prometeu "libertar" o país do arsenal "ilegítimo" do partido xiita. O Hezbollah, porém, disse que pretende manter as armas para lutar contra Israel.