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Presidente sírio, Bashar al-Assad, envia mensagem ao papa Francisco

O Vaticano declarou que o secretário de Estado da Santa Sé, Monsenhor Pietro Parolin, e o secretário de Relações com os Estados, Monsenhor Dominique Mamberti, receberam uma delegação do governo sírio

Cidade do Vaticano - O presidente sírio, Bashar al-Assad, enviou neste sábado (28/12) uma mensagem ao Papa Francisco através de uma delegação recebida em Roma pelo número dois da Santa Sé, Monsenhor Pietro Parolin, informou o Vaticano. "Nesta manhã, o secretário de Estado da Santa Sé, Monsenhor Pietro Parolin, e o secretário de Relações com os Estados, Monsenhor Dominique Mamberti, receberam uma delegação do governo sírio", declarou o Vaticano em um comunicado.


"A delegação entregou uma mensagem do presidente Assad para a Santa Sé que reflete a posição do governo sírio", indicou o comunicado. Perguntado pela AFP sobre o conteúdo desta mensagem, o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, respondeu que não serão fornecidos mais detalhes.

Segundo a agência oficial síria Sana, Assad agradeceu o Papa por sua posição sobre uma Síria "confrontada a uma agressão", e afirmou que qualquer solução para o conflito deve passar por "um diálogo nacional entre os sírios, sem interferências estrangeiras, já que o povo sírio é o único dono do seu destino". Bachar al-Assad manifestou ainda sua disposição de participar da conferência de paz sobre a Síria prevista para 22 de janeiro, na Suíça.

O presidente sírio insistiu em sua determinação de "exercer o direito do governo de defender todos os cidadãos - independentemente de sua crença - contra os crimes cometidos pelos bandos takfiries (extremistas sunitas), que atacam casas, locais de culto e bairros".

A mensagem ao Papa denuncia finalmente "o apoio militar, logístico e material fornecido pelos países vizinhos aos terroristas", revela a agência Sana. Em sua mensagem de Natal "Urbi et Orbi", o Papa Francisco fez um apelo ao fim da guerra na Síria.

"Muitas vidas foram destruídas nos últimos tempos no conflito na Síria, gerando ódio e vingança", disse o Papa, que dedicou em setembro uma jornada mundial de oração, quando um ataque americano ao país parecia iminente.