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Israel anunciará construção de mais de mil casas em colônias da Cisjordânia

Das 1.400 casas, 600 serão construídas no bairro de Ramat Shlomo, em Jerusalém-Oriental anexada, enquanto as outras serão erguidas em diferentes colônias da Cisjordânia, entre elas El Kana, Emmanuel, Adam, Efrat, Alfei Menaché, indicou a rádio

Jerusalém - O governo israelense anunciará a construção de 1.400 casas em colônias da Cisjordânia e de Jerusalém-Oriental, paralelamente à libertação de 26 prisioneiros palestinos, indicou nesta sexta-feira (27/12) a rádio militar.

Das 1.400 casas, 600 serão construídas no bairro de Ramat Shlomo, em Jerusalém-Oriental anexada, enquanto as outras serão erguidas em diferentes colônias da Cisjordânia, entre elas El Kana, Emmanuel, Adam, Efrat, Alfei Menaché, indicou a rádio.

Um funcionário israelense indicou na quinta-feira à AFP - sob condição de anonimato - que o governo anunciará "novas licitações de construção de residências na Cisjordânia e Jerusalém-Oriental que coincidirão com a libertação de um terceiro grupo de prisioneiros palestinos". Nas duas fases anteriores, o governo israelense havia procedido da mesma maneira, lembrou a fonte.

A libertação, que estava prevista para domingo, irá ocorrer na terça-feira à noite, segundo meios de comunicação israelenses. Pouco antes da retomada das negociações de paz entre israelenses e palestinos, no dia 30 de julho, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu aceitou a libertação de 104 presos, em função dos progressos destas negociações.

As duas primeiras fases ocorreram no dias 13 de agosto e 30 de outubro.

Segundo os meios de comunicação israelenses, Estados Unidos e União Europeia (UE) pediram explicitamente que Israel se abstivesse de anunciar projetos de construção nas colônias paralelamente à libertação dos 26 presos palestinos.

Mas Netanyahu advertiu na semana passada que iria ignorar estes apelos. "Não deixaremos em nenhum instante de construir nosso país, de nos reforçarmos, de desenvolver (...) as implantações", declarou.

A imprensa israelense já especulava há vários dias sobre a possibilidade de um anúncio semelhante.

Segundo o jornal Maariv de quinta-feira, Netanyahu aceitou inicialmente o pedido dos Estados Unidos e da UE de adiar o anúncio da construção de novas casas nas colônias, mas o aumento da violência nas últimas semanas o fez mudar de opinião.

Segundo um funcionário israelense de alto escalão citado pelo jornal, o primeiro-ministro cedeu às posições mais radicais da coalizão de governo, e temia que a falta de anúncio de construções fosse "interpretada como um sinal de fraqueza por parte de Israel".