A aviação militar síria continua bombardeando sem descanso Aleppo e sua província e causou nesta terça-feira (24/12), véspera de Natal, a morte de pelo menos 15 pessoas, entre elas uma mulher e três crianças, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
Entre 15 de dezembro e segunda-feira (34/12) à meia-noite, os barris de explosivos lançados de aviões e helicópteros nesta região provocaram a morte de 364 pessoas, entre elas 105 crianças, 33 mulheres e pelo menos 30 rebeldes, informou o OSDH.
Nesta terça-feira foram atacados Sukkari, um bairro controlado pelos rebeldes no sudeste desta antiga capital econômica, e Atareb, no oeste da cidade, segundo esta ONG.
Esta sangrenta ofensiva coincide com um avanço em terra do regime sírio que se beneficia, segundo os analistas, do silêncio internacional.
A oposição síria alertou na segunda-feira que não participaria da conferência de paz em janeiro, conhecida como Genebra 2, se a ofensiva do exército contra Aleppo prosseguir.
[SAIBAMAIS]Uma fonte de segurança de Damasco desmentiu que se tratava de bombardeios indiscriminados e afirmou que eles estavam dirigidos contra "objetivos terroristas".
Outra fonte explicou na segunda-feira à AFP que o exército recorre aos bombardeios aéreos nesta província para apoiar seus efetivos em terra, já que não contam com meios para lançar uma ofensiva terrestre em Aleppo e que os elevados balanços de vítimas são explicados porque as posições rebeldes se encontram entre os civis.