Belém se localiza atrás de um muro construído por Israel na Cisjordânia, que os palestinos chamam de "muro do apartheid". Abbas acusou na semana passada o Estado de Israel de levar ao fracasso as tentativas americanas de impulsionar o processo de paz, depois que o exército israelense anunciou que havia matado um membro das forças palestinas e um integrante do movimento radical Jihad Islâmica no norte da Cisjordânia.
Os negociadores palestinos advertiram em várias ocasiões que não poderão prosseguir com as negociações se Israel continuar matando palestinos, demolindo suas casas e construindo outras para colonos israelenses na Cisjordânia no ritmo atual. As forças israelenses mataram 30 palestinos em 2013, em sua grande maioria na Cisjordânia. Além disso, destruíram mais de 600 construções palestinas, segundo a UE.
O secretário americano de Estado, John Kerry, havia reativado estas negociações entre palestinos e israelenses no fim de julho com a ideia de concluí-las em um período de nove meses, que seriam completados no dia 29 de abril de 2014, mas ainda não conseguiu obter nenhum resultado concreto.
"Embora a atenção mundial não se concentre mais na Terra Santa, porque se voltou para o drama da Síria, cabe afirmar que o conflito israelense-palestino incide de modo capital (no que ocorre) na região e constitui um grande obstáculo para a estabilidade no Oriente Médio", declarou o patriarca latino de Jerusalém. Em sua tradicional mensagem de Natal, Twal acrescentou que a colonização israelense nos territórios palestinos ocupados era o principal obstáculo para os esforços que buscam alcançar a paz.