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Fotógrafo sírio de 18 anos é morto em confronto em Aleppo

Na madrugada deste sábado, vários militantes relataram a morte do jovem fotógrafo, distribuindo fotos dele e de sua câmera manchada de sangue. As imagens foram amplamente compartilhadas nas redes sociais

Beirute - O fotógrafo sírio Molhem Barakat, de 18 anos, que trabalhava para a imprensa internacional, foi morto quando rebeldes invadiram e tomaram um hospital estratégico em Aleppo (norte), informaram militantes e uma ONG neste sábado.

Barakat morreu na sexta-feira, quando cobria a "batalha" no hospital al-Kindi, durante a qual 20 soldados e seis rebeldes foram mortos, disse à AFP o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Na madrugada deste sábado, vários militantes relataram a morte do jovem fotógrafo, distribuindo fotos dele e de sua câmera manchada de sangue. As imagens foram amplamente compartilhadas nas redes sociais.

[SAIBAMAIS]

O sírio Mohammed al-Khatib, que vive em Aleppo e era amigo de Molhem Barakat, disse que o jovem trabalhava para a agência de notícias Reuters. A agência confirmou que várias de suas fotos foram divulgadas na imprensa internacional.

"Ele era muito jovem. Começou a tirar fotos das manifestações com seu telefone celular" no início da revolta contra Bashar al-Assad, que se transformou em guerra civil, explicou Khatib, que também atua como jornalista. O jovem "tirou várias fotos", lembrou.

"Ele e seu irmão morreram na mesma hora na batalha de Al-Kindi", afirmou o amigo, acrescentando que "os pais deles não tinham outros filhos". Combatentes da Frente al-Nosra e da Frente Islâmica tomaram o Hospital Al-Kindi na sexta-feira, uma imponente construção no norte de Aleppo que foi transformada em base militar.

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Nos últimos dias, o Exército tem lançado intensos ataques aéreos sobre a cidade e seus arredores. Segundo a organização Human Rights Watch (HWR), que cita a Rede Síria dos Direitos do Homem, esses confrontos já deixaram 232 civis mortos entre 15 e 18 de dezembro. Para esse mesmo período, o balanço do OSDH é de 161 mortos, e o da ONG Médicos sem Fronteiras, de 189 vítimas fatais.