Bangcoc - A oposição tailandesa anunciou neste sábado seu boicote às eleições legislativas propostas pelo regime como uma saída para a crise, repetindo a escolha radical tomada em 2006, poucos meses antes do golpe contra o primeiro-ministro Thaksin Shinawatra.
"Os democratas não irão apresentar candidatos às eleições de 2 de fevereiro de 2014", declarou a jornalistas Abhisit Vejjajiva, líder do Partido Democrata, cujos membros se demitiram em massa em 8 de dezembro, levando ao anúncio de eleições antecipadas.
"Estas eleições não vão resolver os problemas do nosso país, e também não vão conduzir a uma reforma política", acrescentou Abhisit após uma reunião do partido.
Este anúncio acontece no momento em que a oposição organiza novas manifestações em massa em Bangcoc. Os manifestantes exigem a saída da primeira-ministra, Yingluck Shinawatra, a quem acusam de ser um fantoche de seu irmão Thaksin Shinawatra.
Segundo eles, Thaksin continua a governar o país do exílio, apesar de sua queda em 2006. A decisão dos democratas faz temer um novo período de incerteza política como o que precedeu o golpe de Estado em 2006 contra Thaksin.
"Os democratas querem criar a mesma situação de 2006 e preparar o caminho para um golpe de Estado", reagiu Thida Thavornseth, líder dos "camisas vermelhas", que reúne partidários do partido no poder.
"Os democratas não existem mais como um partido político. Eles optaram por uma aliança com os manifestantes e combatem fora do sistema", ressaltou, enquanto os manifestantes exigem a queda do governo e sua substituição por um "conselho popular" não eleito.
No entanto, o paralelo com 2006 tropeça em uma diferença: o exército, um elemento essencial para esta monarquia constitucional que sofreu 18 golpes ou tentativas de golpes de Estado desde 1932, até agora se recusa a participar da mobilização.
Nas últimas semanas, os opositores chegaram a ocupar temporariamente ministérios e até mesmo a sede do governo, mas eles esperaram em vão pela intervenção do exército em favor de um golpe.
Esta decisão de boicote pelo Partido Democrata pode mergulhar a Tailândia um pouco mais na crise e aprofundar as divisões em uma sociedade extremamente polarizada entre prós e anti-Thaksin.
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Este anúncio acontece mais de uma semana depois da dissolução do Parlamento. A maioria dos analistas já previam um boicote, enquanto o partido no poder, o Puea Thai, é mais uma vez cotado para ser o vencedor nas urnas.
Se o seu tiro falhar, o Partido Democrata "poderá morrer", considera Pavin Chachavalpongpun, um ex-diplomata atualmente professor na Universidade de Kyoto, Japão.
Pouco antes do anúncio do boicote pelos democratas, a primeira-ministra tailandesa discursou na televisão, chamando seus adversários para participar nas eleições. "O Governo concorda que reformas são necessárias", disse ela, assegurando que "o processo de reforma pode ser feito em conjunto com as eleições."
Mas, após dias de dúvidas quanto sua participação nas eleições, o Partido Democrata, incluindo a sua ala moderada encarnada por Abhisit, optou por se alinhar com o líder dos manifestantes, Suthep Thaugsuban. Este boicote põe em causa a legitimidade das eleições antecipadas e a possibilidade de resolução da crise "de forma amigável".
"Os democratas não irão apresentar candidatos às eleições de 2 de fevereiro de 2014", declarou a jornalistas Abhisit Vejjajiva, líder do Partido Democrata, cujos membros se demitiram em massa em 8 de dezembro, levando ao anúncio de eleições antecipadas.
"Estas eleições não vão resolver os problemas do nosso país, e também não vão conduzir a uma reforma política", acrescentou Abhisit após uma reunião do partido.
Este anúncio acontece no momento em que a oposição organiza novas manifestações em massa em Bangcoc. Os manifestantes exigem a saída da primeira-ministra, Yingluck Shinawatra, a quem acusam de ser um fantoche de seu irmão Thaksin Shinawatra.
Segundo eles, Thaksin continua a governar o país do exílio, apesar de sua queda em 2006. A decisão dos democratas faz temer um novo período de incerteza política como o que precedeu o golpe de Estado em 2006 contra Thaksin.
"Os democratas querem criar a mesma situação de 2006 e preparar o caminho para um golpe de Estado", reagiu Thida Thavornseth, líder dos "camisas vermelhas", que reúne partidários do partido no poder.
"Os democratas não existem mais como um partido político. Eles optaram por uma aliança com os manifestantes e combatem fora do sistema", ressaltou, enquanto os manifestantes exigem a queda do governo e sua substituição por um "conselho popular" não eleito.
No entanto, o paralelo com 2006 tropeça em uma diferença: o exército, um elemento essencial para esta monarquia constitucional que sofreu 18 golpes ou tentativas de golpes de Estado desde 1932, até agora se recusa a participar da mobilização.
Nas últimas semanas, os opositores chegaram a ocupar temporariamente ministérios e até mesmo a sede do governo, mas eles esperaram em vão pela intervenção do exército em favor de um golpe.
Esta decisão de boicote pelo Partido Democrata pode mergulhar a Tailândia um pouco mais na crise e aprofundar as divisões em uma sociedade extremamente polarizada entre prós e anti-Thaksin.
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Este anúncio acontece mais de uma semana depois da dissolução do Parlamento. A maioria dos analistas já previam um boicote, enquanto o partido no poder, o Puea Thai, é mais uma vez cotado para ser o vencedor nas urnas.
Se o seu tiro falhar, o Partido Democrata "poderá morrer", considera Pavin Chachavalpongpun, um ex-diplomata atualmente professor na Universidade de Kyoto, Japão.
Pouco antes do anúncio do boicote pelos democratas, a primeira-ministra tailandesa discursou na televisão, chamando seus adversários para participar nas eleições. "O Governo concorda que reformas são necessárias", disse ela, assegurando que "o processo de reforma pode ser feito em conjunto com as eleições."
Mas, após dias de dúvidas quanto sua participação nas eleições, o Partido Democrata, incluindo a sua ala moderada encarnada por Abhisit, optou por se alinhar com o líder dos manifestantes, Suthep Thaugsuban. Este boicote põe em causa a legitimidade das eleições antecipadas e a possibilidade de resolução da crise "de forma amigável".