O governo argentino assinou nesta sexta-feira (20/12) um acordo com os supermercados sobre os preços de cerca de 200 artigos, que estará vigente a partir de 1; de janeiro, em uma tentativa de desacelerar uma alta inflação.
No dia 1; de fevereiro de 2013, o governo de Cristina Kirchner congelou provisoriamente os preços nos supermercados, mas o efeito sobre a inflação foi nulo, alcançando 27% em 2013, contra 26% em 2012.
"Entramos em acordo sobre uma cesta de produtos de consumo maciço e a tomaremos como referência", disse o secretário de Comércio Augustin Costa em coletiva de imprensa.
No momento, 175 produtos (carnes, frutas, legumes, bebidas, produto de higiene e limpeza) figuram na lista, que deverá incluir 200 artigos, que representam dois terços do que é consumido em um lar argentino modesto, acrescentou Costa.
O Departamento de Comércio controlará para que os preços sejam etiquetados conforme o acordo alcançado entre o Ministério de Economia e as redes de grandes supermercados e seus fornecedores.
Os supermercados "chineses", numerosos nos centros urbanos, não aderiram ao acordo, mas o governo espera incluí-los em breve.
Trata-se de um "acordo voluntário" que estará vigente durante um ano, declarou o ministro da Economia, Axel Kicillof.
Há vários anos a inflação supera 20% na Argentina, que é acusada pelo Fundo Monetário Internacional de subavaliar o índice, situado pelo governo em cerca de 10%, enquanto os institutos privados falam em 27%.