Londres - Um médico britânico, que trabalhava como voluntário em hospitais de campanha na Síria, morreu na prisão depois de mais de um ano detido.
O londrino Abbas Khan, um cirurgião ortopedista de 32 anos, tinha sido detido em novembro de 2012 em Aleppo, norte da Síria, para onde tinha ido com o objetivo de ajudar civis feridos. Confirmando oficialmente a morte, o governo britânico acusou o regime sírio de ter "assassinado" Khan.
"Nada pode desculpar o tratamento ao qual ele foi submetido por parte das autoridades sírias, que, de fato, assassinaram um cidadão britânico que estava presente em seu país para ajudar as pessoas feridas durante a guerra civil", declarou à BBC o secretário de Estado britânico de Relações Exteriores, Hugh Robertson.
Segundo seu irmão Afroze, as autoridades sírias tinham prometido libertá-lo esta semana, mas na segunda-feira informaram à mãe do médico a respeito de sua morte. Ela estava na Síria há quatro meses pedindo a libertação de Khan.
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"Meu irmão estava pronto para voltar para casa. Estava feliz e esperava com ansiedade a hora de ser libertado", declarou à BBC Afroze Khan, afirmando que não tinha recebido detalhes sobre as circunstâncias da morte.
"Estamos arrasados e revoltados com o Foreign Office (Ministério das Relações Exteriores britânico), que ignorou o assunto por 13 meses", acrescentou o irmão do médico que era pai de duas crianças.
A Chancelaria britânica disse que tinha solicitado acesso consular ao médico, "seja diretamente ou por intermédio de russos, tchecos e outros", mas que os apelos haviam sido ignorados.
O deputado trabalhista George Galloway confirmou que vinha negociando a libertação do médico "durante meses com o governo sírio, incluindo o presidente" Bashar al-Assad, e que deveria "ir à Síria esta semana para trazê-lo para casa".
De acordo com a BBC, a mãe do médico já tinha visitado ele este ano e tinha ficado preocupada com sua aparência frágil. Pesando pouco mais de 32 quilos, Khan disse ter sido torturado.