Seul - As tropas norte-coreanas prometeram nesta segunda-feira (16/12) defender o líder Kim Jong-Un com suas vidas depois que seu tio foi executado por um suposto complô, num momento em que a Coreia do Sul colocou suas forças em alerta por qualquer "provocação imprudente". A cerimônia em Pyongyang ocorreu um dia antes do segundo aniversário da morte do antigo líder Kim Jong-Il, cujo falecimento súbito levou seu filho Kim Jong-Un à liderança do Estado.
"Diante do mais recente acontecimento no Norte, é incerto dizer em que direção a situação política irá evoluir", declarou na reunião. "Também não podemos descartar a possibilidade de contingências, como provocações imprudentes ", acrescentou, pedindo que os militares intensifiquem a vigilância ao longo da fronteira.
Nesta segunda-feira (16/12), milhares de folhetos de propaganda norte-coreanos caíram na ilha de Baengnyeong alertando para um ataque contra os soldados sul-coreanos mobilizados no local, de acordo com a agência de notícias do sul Yonhap. O exército sul-coreano não quis confirmar a informação. O Norte bombardeou outra ilha fronteiriça em novembro de 2010 e matou quatro pessoas, incluindo civis.
Park abordou na região o que ela chamou de situação "grave e imprevisível". "Ela ordenou (que funcionários do governo) fortaleçam a postura de defesa conjunta com os Estados Unidos... e continuem a coordenar de perto e compartilhar informações com países parceiros e com a comunidade internacional", declarou seu porta-voz.
Washington, por sua vez, pediu uma frente única internacional contra a Coreia do Norte, incluindo a China, principal apoio do regime de Pyongyang. O Secretário de Estado americano, John Kerry, declarou que a execução de Jang mostrou ao mundo "quão cruel e imprudente" Kim é, e expressou preocupações sobre as armas nucleares sob o controle deste líder "espontâneo e errático". "É um sinal ameaçador da instabilidade e do perigo que existem", declarou Kerry em uma entrevista à rede de televisão ABC transmitida no domingo.