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Abbas rejeita plano americano de presença militar israelense na Cisjordânia

Em uma reunião na quinta-feira à noite em Ramallah (Cisjordânia), "o presidente Abbas rejeitou as ideias expostas pelo secretário de Estado Kerry devido à presença do exército israelense", disse a fonte

Ramallah - O presidente palestino, Mahmud Abbas, rejeitou a proposta do secretário de Estado americano, John Kerry, que prevê a manutenção da presença militar israelense em um Estado palestino ao longo da fronteira com a Jordânia, informou uma fonte palestina.

Em uma reunião na quinta-feira à noite em Ramallah (Cisjordânia), "o presidente Abbas rejeitou as ideias expostas pelo secretário de Estado Kerry devido à presença do exército israelense", disse a fonte. "Abbas entregou uma carta expondo a posição palestina e fixando linhas vermelhas", completou a fonte, que citou sobretudo "a recusa de reconhecer Israel como um Estado judaico".

[SAIBAMAIS]O presidente palestino disse que "rejeita as ideias sobre a segurança porque não figura uma terceira parte e aceita a carta de James Jones (ex-conselheiro de Segurança Nacional americano) que prevê a mobilização de uma terceira parte na fronteira leste da Palestina, com a Jordânia", explicou. Abbas insistiu na "necessidade de solucionar todos os temas" do conflito, segundo a mesma fonte.

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A imprensa árabe, assim como a israelense, afirma que o plano do governo americano prevê a manutenção de uma presença militar israelense nas fronteiras de um futuro Estado palestino, inclusive depois de um acordo de paz.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, exige que um Estado palestino seja desmilitarizado e que Israel possa manter, a longo prazo, tropas no vale do Jordão, na fronteira com a Jordânia. Os palestinos rejeitam qualquer presença militar israelense em seu território depois de um acordo de paz, mas aceitam uma força internacional, o que tem a oposição de Israel.