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Capital branca do apartheid presta homenagem a Nelson Mandela

Os sul-africanos formaram nas ruas de Pretória uma longa fila em homenagem ao falecido líder



Mas não se livrou da associação com o apartheid, já que a cidade de 740.000 habitantes é a localidade africâner e branca por excelência do país, com ruas ainda dedicadas a algumas das figuras mais sórdidas do regime racista. O governo do Congresso Nacional Africano (ANC, partido de Mandela) trava uma batalha discreta para que o mundo utilize o nome de Tshwane, que envolve uma extensão mais ampla.

Deste modo, o cortejo fúnebre do primeiro presidente negro do país tem um valor simbólico e solene. O caixão passou pelo Freedom Park, o parque que Mandela inaugurou em 1999 em homenagem à democracia, que chegou ao país em 1994 com sua eleição. Ainda mais simbólica foi a passagem pelo Palácio de Justiça, onde em 1963 Mandela compareceu ao famoso julgamento de Rivonia e no qual pronunciou seu discurso mais famoso.

"Lutei contra a dominação branca e a dominação negra. Tenho o ideal de uma sociedade livre e democrática, na qual todas as pessoas vivam juntas em harmonia. É um ideal pelo qual espero viver e que espero alcançar. Mas, se for necessário, é um ideal pelo qual estou preparado para morrer". Mandela foi condenado à prisão perpétua e passou 27 anos detido após o processo de 1963. Finalmente, o Union Building é o local onde Mandela tomou posse como presidente em 10 de maio de 1994.