O governo regional da Catalunha, no nordeste da Espanha, decretou um plano de emergência devido aos níveis de contaminação presentes na cidade de Barcelona, que está há quase uma semana parcialmente coberta por uma camada de poluição todas as manhãs.
A neblina cinza, que só permite ver no horizonte a silhueta dos prédios da cidade, se deve à forte presença de dióxido de nitrogênio e partículas contaminantes na atmosfera que não se dispersam devido a um anticiclone que está na região desde a semana passada.
"A alta pressão atmosférica e a falta de vento impedem que as emissões contaminantes se dispersem e, por isso, vão se acumulando sobre a cidade", disse um porta-voz do departamento do território da região.
Por essa razão, a administração reduziu desde a segunda-feira a velocidade máxima de circulação nas vias da região metropolitana, e pediu para que seja usado o transporte público em vez dos carros particulares e pediu às indústrias da região que reduzam sua atividade.
Na quarta e na quinta-feiras da semana passada, esse protocolo foi ativado pela primeira vez em 2013, ano em que até agora a qualidade do ar tem sido muito boa, informou a porta-voz.
Esta situação é bastante comum em Barcelona, uma das cidades com maior densidade de veículos da Europa e com uma geografia que dificulta a dispersão dos contaminantes.
"A geografia de Barcelona é determinante, já que o mar de um lado e as montanhas do outro não deixam que a contaminação e tudo o que fica acumulado saia", disse a porta-voz.
Desde quarta-feira passada, a administração detectou que foi superado em sete ocasiões o limite de contaminação marcado pela União Europeia, de 200 microgramas de dióxido de nitrogênio por metro cúbico.
No entanto, "não representa um grande motivo de preocupação para a população porque são elevações pontuais que não afetam a saúde", explicou a porta-voz.
A situação de alerta permanecerá ativa pelo menos até a quinta-feira em função da evolução das circunstâncias meteorológicas.