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Prefeito de Bogotá é destituído pela Procuradoria da Colômbia

Pouco depois da divulgação da notícia, Petro reagiu com uma mensagem no Twitter na qual afirmou que "o destino da Bogotá Humana (como identifica seu governo) só depende da mobilização popular

Bogotá - O prefeito de Bogotá, Gustavo Petro, foi destituído nesta segunda-feira (9/12) e perdeu seus direitos políticos por 15 anos, em uma decisão da Procuradoria, que considerou que ele causou dano à cidade por ter ordenado uma mudança no esquema de coleta de lixo, informou o próprio procurador.

"A Procuradoria impôs como punição a destituição do cargo e a perda dos direitos políticos por um prazo de quinze anos", indicou o procurador Alejandro Ordóñez ao ler a decisão à imprensa. Petro, um ex-guerrilheiro de esquerda, de 53 anos, deveria governar por um período de quatro anos, de 2012 a 2016.

A Procuradoria, que tem autoridade para impor sanções disciplinares aos funcionários públicos, inclusive aos eleitos, investigava Petro por um suposto dano à cidade de Bogotá com uma mudança introduzida há um ano no esquema de coleta de lixo, que passou de empresas privadas que a realizavam em concessão para uma companhia pública.

Pouco depois da divulgação da notícia, Petro reagiu com uma mensagem no Twitter na qual afirmou que "o destino da Bogotá Humana (como identifica seu governo) só depende da mobilização popular. Peço que seja pacífica". O procurador ressaltou, em particular, que o prefeito prejudicou o patrimônio público e feriu os princípios constitucionais da livre concorrência.

Petro pode solicitar um recurso de reposição, uma espécie de apelação, ao mesmo Procurador. Até agora, não se sabe quem pode substituir Petro na Prefeitura nem qual seria o mecanismo: se haverá novas eleições ou se o presidente Juan Manuel Santos vai escolher um dos três nomes que seu partido apresentar.