Pelo menos 52 pessoas morreram e 162 ficaram feridas nesta quinta-feira (5/11) em Sanaa em um ataque contra o Ministério da Defesa do Iêmen, de acordo com um novo registro apresentado pelo Comitê Supremo de Segurança.
Segundo uma declaração transmitida pela agência estatal de notícias Saba, o Comitê indicou que, entre os 162 feridos, há nove com gravidade.
O Comitê Supremo de Segurança anunciou que entre os mortos estão dois médicos de nacionalidade alemã e dois vietnamitas, assim como uma enfermeira filipina e uma indiana. Antes, haviam sido anunciadas as mortes de seis médicos: um venezuelano, dois filipinos e três iemenitas.
O presidente iemenita, Abdrabuh Mansur Hadi, foi para o local do ataque para analisar junto às autoridades competentes como evitar esse tipo de ataque, cada vez mais comum no país, anunciou a imprensa estatal.
Após a explosão era possível ver uma coluna de fumaça sobre o complexo localizado perto de Bab al-Yaman, na entrada da cidade velha de Sanaa. A região foi totalmente cercada e reforços militares foram enviados ao local.
O ataque ocorre depois de uma onda de violência no país, principalmente contra o Exército.
A maioria dos ataques são atribuídos à rede extremista Al-Qaeda, que continua a ser muito ativa no sul e sudeste do país, embora raramente reivindique os atentados. A capital iemenita não escapou da escalada da violência. No dia 26 de novembro, um cidadão bielorrusso foi morto e outro, ferido no meio da rua por homens armados.
Quatro dias antes, um deputado representante da rebelião zaidita xiita no diálogo nacional em andamento, tinha sido assassinado.
O processo de transição política no Iêmen está paralisado depois de os protestos da Primavera Árabe terem levado a uma saída negociada do ex-presidente Ali Abdullah Saleh.
O diálogo nacional, que visa acabar com um período de transição política de dois anos, está atualmente em um impasse.
Este diálogo entre todas as forças políticas deveria ter sido concluído em 18 de setembro e ter resultado na aprovação de uma nova Constituição para permitir a organização de eleições gerais. Mas ele enfrenta vários obstáculos, incluindo demandas por autonomia.
Os atrasos na implementação do acordo de transição também podem provocar a prorrogação do mandato do presidente Abd Rabbo Mansour Hadi, eleito em fevereiro de 2012 por um período transitório de dois anos.