Bangcoc - A maioria dos opositores que reclama a queda do governo na Tailândia observava uma trégua excepcional por ocasião do aniversário de 86 anos do venerado rei Bhumibol nesta quinta-feira (5/12). A oposição, que conseguiu reunir 180 mil pessoas no ápice das manifestações, protesta contra a primeira-ministra Yingluck Shinawatra, a quem acusa de ser uma marionete de seu irmão Thaksin, deposto por um golpe de Estado em 2006.
Várias pessoas morreram nos confrontos entre manifestantes favoráveis e contrários a Yingluck, irmã do ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, deposto por um golpe de Estado em 2006 e que ainda domina a política do país, apesar de viver no exílio. Bhumibol, que reina há mais de 60 anos, é considerado uma referência moral no país, marcado por uma história de instabilidade política.
Após a repressão policial inicial dos protestos, as autoridades mudaram de tática e permitiram na terça-feira (3/12) que os opositores entrassem nas sedes do governo e da polícia, o que permitiu uma trégua por ocasião do aniversário do rei. A revolta dos manifestantes foi provocada por um projeto de lei de anistia, redigido segundo eles para permitir o retorno de Thaksin, que vive no exílio e poderia escapar de uma condenação a dois anos de prisão por fraude financeira.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, manifestou sua profunda preocupação com a escalada da violência na Tailândia e "lamentou muito a perda de vidas e feridos". Ban Ki-Moon pediu a "todas as partes envolvidas que atuem com a maior moderação possível e resolvam suas divergências políticas através do diálogo e de meios pacíficos".