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Biden afirma que zona de defesa aérea da China provoca inquietação

A delegação americana pediu a Pequim a adoção de medidas concretas para reduzir a tensão no Mar da China Oriental



Washington reafirmou a posição de não reconhecer a nova zona criada pelas autoridades chinesas, completou a fonte, que pediu anonimato. A China instaurou unilateralmente em 23 de novembro uma "zona aérea de identificação" (ZAI), que envolve grande parte do Mar da China Oriental, área na qual ficam as ilhas Senkaku, um arquipélago administrado pelo Japão, mas que Pequim reivindica com o nome de Diaoyu.

O anúncio provocou a revolta de vários países vizinhos da China. Japão, Coreia do Sul e Estados Unidos enviaram aviões militares à região, desafiando a determinação chinesa. Depois de ter ressaltado na terça-feira a força da aliança EUA-Japão durante uma visita a Tóquio na terça-feira, Joe Biden viajará nesta quinta-feira de Pequim a Seul, outro grande aliado de Washington.

O vice-presidente dos Estados Unidos também denunciou as recentes medidas de censura ou de controle anunciadas pelas autoridades chinesas sobre os meios de comunicação estrangeiros, em particular americanos. "Estados Unidos e China têm profundas divergências sobre a maneira de tratar os jornalistas americanos", declarou. "A inovação prospera onde as pessoas são livres para respirar, falar, questionar a ortodoxia, onde os jornais podem apresentar a verdade sem duvidar das consequências", afirmou Biden.

No início da semana, um jornalista da agência americana Bloomberg não conseguiu entrar em uma entrevista coletiva conjunta em Pequim do primeiro-ministro britânico, David Cameron, e do premier chinês. Downing Street expressou "grande preocupação" com o fato. A agência de notícias com sede em Nova York, que tem o canal censurado na China, está no alvo das autoridades comunistas pelo interesse que demonstra na fortuna de algumas autoridades chinesas. A Bloomberg calculou a fortuna da família do presidente chinês Xi Jinping em 376 milhões de dólares.