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União Europeia pede moderação e diálogo às autoridades da Ucrânia

Segundo o presidente da Comissão Europeia, Yanukovich concorda que todas as partes devem mostrar moderação, que todas as liberdades fundamentais devem ser respeitadas

A União Europeia pediu "moderação" às autoridades ucranianas e à oposição, nesta segunda-feira (2/12), depois das grandes manifestações em Kiev no fim de semana, marcadas por violentos incidentes.

O presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, conversou por telefone com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso. No telefonema, Yanukovich pediu a Barroso que receba uma delegação ucraniana para "discutir alguns aspectos do Acordo de Associação" proposto pela Europa - segundo um comunicado divulgado pelo Executivo europeu.

A nota informa que Barroso confirmou que a Comissão receberá a delegação, destacando que a Europa continua "disposta a discutir alguns aspectos da implementação do acordo, mas não a reabrir a negociação".



Ainda segundo a Comissão, Yanukovich concorda que todas as partes devem mostrar moderação, que todas as liberdades fundamentais devem ser respeitadas e que o governo começará um diálogo com "todas as forças políticas relevantes".

"Uma solução pacífica e política é o único caminho para a Ucrânia sair da situação atual", insistiu a Comissão na mesma nota.

Pouco antes, Maja Kocijancic, porta-voz da chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, estimulou "todas as partes a resolverem suas diferenças de maneira pacífica".

"As manifestações devem se desenrolar de maneira pacífica", acrescentou, ressaltando que "ambas as partes devem dar demonstrações de moderação".

Nesta segunda, opositores ucranianos lançaram uma greve geral para tentar forçar o Executivo a renunciar e iniciaram o bloqueio do acesso à sede do governo. Muitos deles passaram a noite no centro de Kiev, após um protesto no domingo.

No fim de semana, os confrontos entre os manifestantes e a polícia deixaram vários feridos.

No sábado, a UE "condenou com firmeza" a violência policial e pediu às autoridades "que respeitem a liberdade de expressão e de reunião".