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[SAIBAMAIS]Com a calcinha abaixada, coroa de flores na cabeça, elas urinaram nas fotos do presidente aos gritos de "Ucrânia na Europa", antes de se vestirem e deixarem o local sem maiores consequências. Não foi possível saber se eles realmente urinaram ou se apenas simularam o ato com a ajuda de sacos com líquidos. "Nós viemos aqui dizer à Europa que nós precisamos de ajuda", explicou a líder de operações do Femen na França, Inna Shevchenko, denunciando a "influência" exercida pelo presidente russo, Vladimir Putin, em Kiev.
Chamando o regime ucraniano de "ditadura", a mulher denunciou o uso da força policial para dispersão dos manifestantes na noite de sábado em Kiev, incidente que deixou várias pessoas feridas. Os manifestantes "foram confrontados pela violência policial". Para a Ucrânia, "não é apenas um momento difícil, é também um momento perigoso", continuou Inna Shevchenko.
A rejeição da adesão à Europa "não corresponde à opinião pública da nação". "A posição da nação está representada por aqueles que estavam na praça da Independência, em Kiev, e que agora estão no hospital ou nas delegacias de polícia", afirmou Shevchenko. O anúncio do governo ucraniano na semana passada de que não assinaria um acordo histórico selando sua aproximação com a União Europeia deslanchou a maior onda de manifestações no país desde os protestos da "revolução laranja", em 2004.
A oposição pediu no sábado a "tomada" do poder e convocou novas manifestações para este domingo, apesar da proibição lançada pelo governo de reuniões em espaços públicos simbólicos.