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Temporada de furacões no Atlântico foi a mais tranquila em 30 anos

No total, 13 tempestades tropicais se formaram desde junho passado no Atlântico - acima da média de 12 - mas apenas duas chegaram à categoria de furacão, e com pouca potência

Washington - A temporada de furacões de 2013 no Atlântico, que terminou oficialmente neste sábado, foi a mais tranquila desde 1982 e a sexta menos ativa desde 1950, informou a administração oceânica e atmosférica americana (NOAA).

No total, 13 tempestades tropicais se formaram desde junho passado no Atlântico - acima da média de 12 - mas apenas duas - Ingrid e Humberto - chegaram à categoria de furacão, e com pouca potência.

[SAIBAMAIS]"Uma combinação de fatores meteorológicos atenuou várias características climáticas que historicamente produziram temporadas ativas de furacões", destacou Gerry Bell, um dos principais responsáveis do bureau de prevenção de furacões do serviço meteorológico nacional da NOAA.

Bell citou "fenômenos atmosféricos que produziram massas de ar excepcionalmente secas e com ventos reduzidos durante toda a temporada de furacões no Atlântico e no Mar do Caribe".

Segundo o especialista, "várias erupções da capa de ar saariano" também contribuíram para desativar a formação de tempestades tropicais e furacões.

Esta massa de ar formada sobre o Saara no final da primavera boreal e até o início do outono se desloca para a parte tropical do Atlântico, transportando grandes quantidades de poeira e ar seco que, ao que parece, bloqueiam os movimentos ascendentes dos ventos.

Efeito dos aerossóis

Segundo pesquisa publicada no final de junho pela revista britânica Nature, as atividades humanas também podem ter contribuído para reduzir a frequência das tempestades tropicais no Atlântico norte no século XX devido ao papel dos aerossóis, pequenas partículas químicas em suspensão na atmosfera.

Estas podem, efetivamente, interferir na formação de nuvens e baixar a temperatura da superfície do oceano, reduzindo o calor que dá força às tempestades.

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Os trabalhos de Nick Dunstone, da Met Office britânica, também revelam que as tempestades e furacões no Atlântico norte são menos frequentes nos períodos em que as concentrações de aerossóis estão elevadas no alto desta região.

Apesar de a temporada de furacões ter sido relativamente tranquila para os Estados Unidos em 2013, o México sofreu com cinco tormentas tropicais e dois furacões do Atlântico.

Os furacões Ingrid e Manuel, que provocaram fortes chuvas do Golfo do México ao oceano Pacífico, deixaram 157 mortos e 1,7 milhão de danificados no território mexicano.

A NOAA previu em maio uma temporada de 2013 acima da média, com entre 13 e 20 tormentas tropicais e entre três e seis furacões de grande potência.