O governo de Pequim mobilizou caças para patrulhar a zona de defesa aérea recém-declarada unilateralmente no Mar do Leste da China, depois que aeronaves japonesas e norte-americanas sobrevoaram a área, na manhã de ontem, sem acatar a determinação de apresentar previamente um plano de voo. O coronel Shen Jinke, porta-voz da Força Aérea chinesa, relatou que dois aviões dos Estados Unidos e 10 do Japão foram monitorados por radar. De acordo com a agência estatal Xinhua, caças foram enviados para checar a identificação das aeronaves estrangeiras. Dias antes, o porta-aviões Liaoning recebeu ordens de zarpar do Mar do Sul da China para somar-se ao patrulhamento. Apesar de os relatos não mencionarem qualquer tipo de hostilidades, as tensões continuam em alta na região em torno de um grupo de ilhas reivindicadas por China, Japão, Coreia do Sul e Taiwan.
As normas estabelecidas para o perímetro de defesa aérea delimitado no último sábado por Pequim determinam que aeronaves de outros países apresentem o plano de voo antes de dirigir-se para a região. Países vizinhos e seus aliados, porém, contestaram a medida e passaram a ignorar as novas regras. Já na segunda-feira, dois bombardeiros americanos B-52 sobrevoaram as ilhas, como parte de manobras anunciadas previamente. Depois de Japão e Coreia do Sul desafiarem a restrição, na quinta-feira, ontem foi a vez de Washington comunicar que suas forças seguirão operando ;normalmente; na área. ;Continuaremos sendo sócios dos nossos aliados;, declarou o porta-voz do Departamento de Defesa, o tenente-coronel Eric Brine.
Segundo o Pentágono, os voos detectados ontem faziam parte de operações de rotina, previamente programadas. ;Este é o status quo. Não estamos mudando o que fazemos. Não estamos tentando criar uma questão com a China. Voamos com aeronaves americanas diariamente no espaço aéreo internacional;, explicou um oficial à tevê CNN.
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