Pelo menos 20 pessoas morreram nesta sexta-feira (22/11) no Iraque, em ataques cometidos principalmente contra setores de maioria sunita, forçando essa comunidade minoritária no país a fechar suas mesquitas por considerar a proteção policial insuficiente.
Os ataques desta sexta aconteceram em áreas de maioria sunita em Bagdá, na conflituosa província de Diyala e na principal cidade do norte, Mossul, deixando até o momento 20 mortos e mais de dez feridos - de acordo com fontes médicas e de segurança.
Cinco ataques separados na capital, incluindo um perto de uma mesquita sunita, deixaram pelo menos 11 mortos, enquanto três pessoas morreram em explosões nas localidades sunitas de Abu Ghraib e Tarmiyah.
Outras quatro foram mortas em ataques perto de Mossul, cidade de maioria sunita no norte.
Também nesta sexta, homens armados em Khales, na província de Diyala, mataram o imame de uma mesquita sunita e o segurança dele.
Desde o início de janeiro, mais de 5.800 pessoas já morreram em atos violentos no Iraque. Somente em outubro, o mês mais sangrento desde abril de 2008, houve 964 vítimas fatais.
A violência acontece em um contexto marcado por uma profunda insatisfação da minoria sunita, no poder durante o regime de Saddam Hussein. Os sunitas acusam o governo atual controlado pelos xiitas de multiplicar as detenções arbitrárias.