Londres - O bioquímico britânico Frederick Sanger, pai do genoma e duas vezes Prêmio Nobel, morreu aos 95 anos, anunciou nesta quarta-feira (20/11) o instituto de pesquisas de Cambridge que tem seu nome.
"Tristes notícias: Fred Sanger, que nos deu o nome, morreu. O legado deste homem modesto está transformando a medicina", afirma o comunicado do Instituto Sanger, que teve um papel maior no esforço internacional para estabelecer a sequência do genoma humano.
Sanger foi uma das quatro pessoas a receber dois Prêmios Nobel junto a Marie Curie, Linus Pauling e John Bardeen. Seus dois prêmios foram de química. Recebeu o primeiro em 1958 por seu trabalho com a estrutura das proteínas, particularmente na insulina, que regula a quantidade de glucose no sangue.
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O segundo foi concedido em 1980, com Paul Berg e Walter Gilbert, por seu trabalho no desenvolvimento de uma técnica para determinar a ordem dos blocos que constituem o DNA, conhecida como sequência.
"A sequencia de Sanger" permitiu estabelecer a ordem de longos fragmentos de DNA e foi central no colossal Projeto do Genoma Humano (HGP), no qual foram ordenados mais de 3 bilhões de unidades de DNA humano. "Fred Sanger sem dúvida não estaria de acordo, mas se alguém é o pai do genoma, é este homem de fortes convicções, tranquilo, decidido e modesto", acrescentou o instituto.
"Ele e seus colegas desenvolveram métodos para sequenciar o DNA nos anos 70, que ainda são utilizados na biologia genômica", concluiu.