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Mais cinco ativistas do Greenpeace são libertados sob fiança na Rússia

Até o momento, nenhum ativista saiu da prisão. Advogados da ONG disseram que resta resolver algumas "questões burocráticas"

São Petersburgo - A Justiça russa decidiu libertar nesta quarta-feira (20/11) sob fiança cinco outros militantes do Greenpeace detidos durante uma ação da organização de defesa do meio ambiente no Ártico, elevando a dezessete o número de ativistas libertados. O capitão do navio Artic Sunrise, o americano Peter Willcox, os holandeses Fa;za Oulahsen e Mannes Ubels e os britânicos Alexandra Harris e Kieron Bryan serão libertados após o pagamento da fiança, fixada em dois milhões de rublos (45 mil euros, quase 140 mil reais), indicou a ONG em sua conta no Twitter.

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Em contrapartida, o australiano Colin Russel teve a sua detenção prorrogada até 24 de fevereiro, no primeiro dia de audiências. Segundo o Greenpeace, o embaixador australiano na Rússia anunciou que visitaria o ministério russo das Relações Exteriores em Moscou para compreender o por quê de seu cidadão ter sua detenção prorrogada. Várias audiências devem acontecer ainda nesta quarta-feira (20) para a análise da detenção provisória dos 30 tripulantes que expira em 24 de novembro.

A ONG já arrecadou o valor necessário para a libertação dos quatro ativistas e vai depositar a fiança nas próximas horas. O Greenpeace alertou, contudo, para o fato de o caso ainda não estar resolvido. "Não temos ideia das condições nas quais vão viver nossos amigos quando forem libertados, se eles permanecerão em prisão domiciliar ou se terão o direito de sair", indicou Kumi Naidoo, diretor executivo da organização. "Não podemos esquecer que as acusações não foram retiradas e que eles ainda correm o risco de serem condenados à prisão", acrescentou.

Até o momento, nenhum ativista saiu da prisão. Advogados do Greenpeace disseram que resta resolver algumas "questões burocráticas", e que os ativistas não devem ser libertados antes do fim de semana. Os 30 membros da tripulação do Arctic Sunrise foram detidos no dia 19 de setembro pelas autoridades russas quando tentavam escalar uma plataforma de petróleo no mar de Barents para denunciar os riscos ambientais.

Eles devem responder às acusações de pirataria e de vandalismo, pelas quais podem ser condenados, respectivamente, a 15 e sete anos de prisão. O Tribunal Internacional do Direito Marítimo, com sede em Hamburgo, na Alemanha, vai proferir a sua decisão sobre o caso em 22 de novembro. Essa jurisdição da ONU, competente para resolver disputas marítimas, foi acionada pela Holanda.