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Sobe para 17 o número de pessoas mortas em inundações na Sardenha

Entre as vítimas estão quatro integrantes de uma família brasileira, que morreram afogados em um apartamento situado no subsolo de um prédio na entrada da cidade

Roma - Pelo menos 17 pessoas, incluindo quatro integrantes de uma família brasileira, morreram na ilha da Sardenha em inundações provocadas por uma tempestade que as autoridades consideraram "excepcional". Os quatro integrantes de uma família brasileira, dois adultos com idades por volta de 40 anos e seus filhos, de 16 e 20 anos, morreram afogados em um apartamento situado no subsolo de um prédio na entrada da cidade de Arzachena, perto de Olbia.



"Caíram 440 mm de chuva, o equivalente a seis meses em condições normais. Foi um acontecimento excepcional", disse Franco Gabrielli, secretário da Defesa Civil. Um porta-voz do organismo destacou que a Defesa Civil "não fala de ciclone, termo utilizado apenas pela imprensa". "A tempestade afetou quase 20.000 pessoas, mas a fase de emergência mais aguda já passou", afirmou à AFP Gianfranco Galaffu, diretor de Defesa Civil da prefeitura de Sassari, que supervisiona a região de Olbia. Mas ele disse temer que outras vítimas tenham ficado presas em seus veículos em áreas baixas. Além da família brasileira, três pessoas da mesma família morreram no desabamento de uma ponte sobre o veículo em que viajavam em Olbia. Além disso, mãe e filha foram encontradas mortas em um carro que foi arrastado pela força da água na mesma cidade. Um policial que escoltava uma ambulância morreu em um acidente rodoviário.

Entre as vítimas também está uma mulher de 64 anos que morreu afogada em sua casa em Uras, sudoeste da ilha, onde centenas de moradores passaram a noite em um centro esportivo. Um homem faleceu no desabamento de outra ponte e uma idosa de 90 anos foi encontrada morta em uma casa inundada perto de Nuoro, no centro da ilha. As chuvas intensas e as inundações provocaram importantes danos materiais. "Estamos enviando produtos de primeira necessidade aos desabrigados e tentamos restabelecer a energia elétrica e bombear água para liberar as estradas e as zonas inundadas", disse Cappellacci.