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Importante líder rebelde sírio morre em ataque do regime

Conhecido pelo nome de Hajji Marea, Abdel Qader Saleh foi o líder da batalha de Aleppo, em 2012

Dasmasco - Um carismático chefe rebelde sírio morreu nesta segunda-feira (18/11), em um golpe duro para os insurgentes, que enfrentam o avanço das forças do presidente Bashar al-Assad.

O líder do grupo Liwa al-Tawhid, Abdel Qader Saleh, de 33 anos, não resistiu aos ferimentos sofridos durante um ataque aéreo na quinta-feira. Ele foi "o primeiro organizador de manifestações pacíficas na província de Aleppo, e depois, o primeiro a atacar os redutos das gangues de Assad" na segunda maior cidade do país, afirmou a Coalizão Opositora síria, ressaltando que Saleh é "um símbolo vivo nos corações dos sírios".

Conhecido pelo nome de Hajji Marea, Abdel Qader Saleh foi o líder da batalha de Aleppo, em 2012, à frente do Liwa al-Tawhid, um grupo com cerca de 8 mil combatentes ligado à Irmandade Muçulmana síria.

Considerado pelos militantes uma pessoa "muito carismática", ele tinha rompido com a Coalizão Opositora no exílio, por considerar que ela estava totalmente fora da realidade dos campos de batalha.

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"Sua morte é um duro golpe" para a oposição, mas pode "levar os rebeldes a lançarem um contra-ataque diante do avanço do regime", no momento em que o Exército sírio, apoiado pelo Hezbollah libanês, avança na região de Aleppo, onde os rebeldes sofreram uma série de derrotas, afirmou Charles Lister, analista do IHS Jane;s Terrorism and Insurgency Centre.

No plano diplomático, a Rússia recebeu nesta segunda representantes do regime sírio e manteve seu convite à Coalizão Nacional Opositora, descartando, entretanto, que vá discutir qualquer precondição para a conferência de paz Genebra 2.

A Coalizão Nacional anunciou que está pronta para participar de Genebra 2, contanto que o presidente Assad entregue seus poderes e seja excluído de qualquer fase de transição. A Rússia, aliada de Damasco, rejeita esse tipo de exigência.

A conferência Genebra 2 tem por objetivo reunir representantes do poder e da oposição para tentar encontrar uma solução política para o conflito sírio que deixou mais de 120.000 mortos desde março de 2011.