Washington - O secretário de Estado americano, John Kerry, disse nesta segunda-feira (18/11)perante a Organização dos Estados Americanos (OEA) que a famosa "Doutrina Monroe" já faz parte do passado, e pediu uma nova relação com a América Latina.
"O erro da Doutrina Monroe foi superado", declarou Kerry em seu discurso, referindo-se à doutrina desenvolvida pelo presidente dos Estados Unidos James Monroe no século XIX e que marcou as relações do país com a América Latina por mais de um século.
Dada a frase marcante, a plateia de diplomatas reunida na sede da OEA reagiu com aplausos tímidos. "Isso merece o seu aplauso, não é uma coisa ruim", ressaltou Kerry.
Leia mais notícias em Mundo
"A relação que nós buscamos (...) não é sobre a declaração dos Estados Unidos sobre como e onde intervir ( ... ), mas sobre todos os nossos países encarando uns aos outros como iguais", disse o chefe da diplomacia americana em seu primeiro discurso dedicado à América Latina.
A Doutrina Monroe foi originalmente formulada como uma política dos Estados Unidos para limitar a influência de potências europeias na América Latina, em 1823. No entanto, desde então a doutrina foi o apoio histórico e ideológico para a intervenção americana nos assuntos internos de vários países da região.
"Nos primeiros dias de nossa república, os Estados Unidos fizeram uma escolha sobre as suas relações com a América Latina", afirmou Kerry, em referência à Doutrina Monroe, mas acrescentou que "agora, no entanto, fizemos uma escolha diferente".