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Ex-Pantera Negra alega inocência no sequestro de avião para Cuba

Se for considerado culpado de pirataria aérea, Potts pode ser condenado a 20 anos de prisão, ou até à prisão perpétua

William Potts, de 56, um ex-militante da organização Panteras Negras que vivia em Cuba desde 1984 após sequestrar um avião com destino a Miami, declarou-se inocente, nesta quarta-feira (13/11), das acusações federais contra ele.

Há uma semana, Potts voltou aos Estados Unidos para acertar suas contas com a Justiça americana.

Representado pelo advogado Paul Korchin, William Potts se declarou inocente da acusação de "pirataria aérea" perante o juiz Barry Garber, da Corte federal de Miami.

A audiência de fiança foi adiada até a próxima terça-feira a pedido do advogado Korchin. Ele explicou ao juiz que, no último momento, ficou sabendo de uma ordem de prisão contra Potts em Nova Jersey por assalto a mão armada, datada de agosto de 1984.



"Preciso de algum tempo para confirmar os antecedentes desse caso", disse Korchin ao juiz, acompanhado por Potts, que estava algemado e com uniforme de presidiário.

Potts decidiu voltar aos Estados Unidos na semana passada. Ele foi detido ao desembarcar no aeroporto internacional de Miami em 6 de novembro. No dia seguinte, fez seu primeiro comparecimento à Justiça federal nessa cidade da Flórida.

Se for considerado culpado de pirataria aérea, Potts pode ser condenado a 20 anos de prisão, ou até à prisão perpétua.