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Supertufão que atingiu Filipinas obriga milhares de pessoas a fugir

Com ventos de mais de 300km/h, Haiyan pode tornar-se a maior tempestade já registrada



O mais violento tufão do ano, e possivelmente o mais devastador jamais registrado, atingiu ontem as Filipinas e obrigou mais de um milhão de pessoas a abandonarem suas casas. Ao menos três morreram e sete ficaram feridas, segundo informações da Agência Nacional para Desastres, mas os números devem subir assim que equipes de resgate tiverem acesso às áreas mais castigadas. De acordo com autoridades, 16 milhões de pessoas estão em situação de risco, na rota da supertempestade. Haiyan, como o tufão foi batizado, avançou pelo arquipélago com ventos sustentados de 315km/h e rajadas de 379km/h, provocando a formação de ondas de até 6m. Nos próximos dias, ele deve seguir para o sul da China, com uma trajetória que também ameaça o Laos e o Vietnã.

Formado por 7 mil ilhas, o arquipélago filipino é castigado anualmente por ao menos 20 tempestades tropicais. Haiyan ; ou Yollanda, como foi chamado no país ; é o segundo tufão a passar pela região neste ano. Milhares de casas foram destruídas, tiveram o telhado arrancado ou foram invadidas pela lama. O fornecimento de eletricidade e as comunicações foram temporariamente interrompidos e estradas foram fechadas, devido à queda de árvores e aos alagamentos, que deixaram algumas regiões isoladas. Um comunicado oficial informou que Haiyan teve uma leve desaceleração durante a madrugada e deveria deixar a área de responsabilidade filipina às 14h de hoje (4h em Brasília).

Essa é mais uma situação de emergência que se soma a uma série de dificuldades enfrentadas no país durante os últimos meses. Em setembro, membros do grupo rebelde Frente Moro de Libertação Nacional (FMLN) promoveram ataques contra as cidades de Zamboanga e Basilan, no sul do país. No mês passado, um terremoto de magnitude 7,2 na escala Richter abalou a ilha de Bohol, na porção central do arquipélago. Quando a aproximação de Haiyan foi anunciada, ao menos 5 mil pessoas estavam vivendo em tendas improvisadas na região de Bohol, onde centros da Cruz Vermelha já acomodavam centenas de desabrigados.

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